A palavra reumatismo foi inicialmente usada na Grécia antiga para denominar problemas de saúde gerados pelo desequilíbrio entre o sangue, o muco, a bile amarela e a bile escura, quatro fluidos biológicos, que provocariam dor e edema (inchaço) nas articulações.
As doenças reumáticas seriam aquelas caracterizadas por dor e impotência funcional em algum aparelho relacionado ao sistema locomotor.
Altamente prevalentes, com baixa mortalidade, porém com elevada morbidade[1] em toda a população, esse grupo de doenças causa importante impacto à saúde, já que provoca uma superutilização dos sistemas de saúde, afastamentos temporários e permanentes do trabalho, elevados gastos públicos e privados, alterações no status econômico do paciente, distúrbios emocionais e psicológicos associados, e baixa qualidade de vida.
Possui projeções desalentadoras para as próximas décadas, já que com o envelhecimento da população, torna-se maior a chance de surgirem múltiplos problemas de saúde e doenças funcionalmente incapacitantes.
No Brasil, desde a década de 70, as doenças reumáticas vêm ocupando a terceira causa entre os afastamentos do trabalho bem como dentre as aposentadorias por invalidez.
Há mais de 200 variedades distintas sob a denominação “reumatismo”, o que inclui as artropatias[2], as doenças hereditárias e inflamatórias do tecido conjuntivo, os distúrbios da coluna vertebral, os reumatismos de partes moles, entre outras.
Em comum, porém, existe a presença de sintomas como dor, limitação funcional e incapacidade, muito embora essas doenças sejam raramente graves ou fatais.
[1] Relação entre o número de indivíduos sãos e os doentes.
[2] Doenças das articulações.