Dores que não passam? Cansaço fora do comum e dores nas articulações recorrentes? Exames e diagnósticos imprecisos? Talvez seja a hora de conversar com seu médico sobre fibromialgia.
A fibromialgia é uma síndrome caracterizada pela ocorrência de dor musculoesquelética generalizada crônica, ou seja, dores nos músculos, articulações, tendões e outros tecidos de partes moles, na ausência de processos inflamatórios articulares ou musculares. Está diretamente ligada à fadiga, distúrbios do sono, dores de cabeça, depressão e ansiedade. Alguns estudos apontam que essa síndrome é causada por descontrole de como o cérebro processa os sinais da dor, gerando um processo anormal. Sua causa não é completamente definida, mas alguns fatores podem estar associados, como: genético, infecções por vírus, traumas físicos, doenças autoimunes e hábitos de vida. É a segunda doença reumática mais comum, perdendo apenas para a artrose.
A fibromialgia tem distribuição universal, não havendo diferenças raciais, de cor ou condição socioeconômica. Acomete todas as faixas etárias, porém é mais frequente entre 25 e 65 anos, com pico em torno dos 50 anos. As mulheres são as mais acometidas, representando 90% dos casos. Os exames laboratoriais e de imagem apresentam muitas vezes normais, por isso o diagnóstico é feito clinicamente, e às vezes as dores podem ser diagnosticadas como fantasiosas.
O tratamento se da pela união de medicamentos e cuidados não medicamentosos, com o objetivo de controlar os principais sintomas. Algumas medidas para diminuir as dores são essenciais, como: reduzir estresse diário, dormir bem, praticar exercício físico de baixo impacto regularmente e preservar um estilo de vida saudável. Infelizmente não há cura para fibromialgia, mas é importante conhecer e procurar o médico em caso de sintomas, para obter esclarecimento e iniciar o tratamento adequado, garantindo a melhora da função global do paciente e qualidade de vida.
Dra. Camila Zubeidi Teixeira